O grupo Vanguard tornou-se o maior acionista da Strategy, detendo mais de 20 milhões de ações.

Uma das principais empresas de gestão de ativos do mundo, o grupo Vanguard, tem adotado uma atitude cautelosa e até crítica em relação ao Bitcoin e aos ativos de criptografia, muitas vezes os rotulando como especulativos e carentes de valor intrínseco. No entanto, um recente desenvolvimento revelou uma contradição intrigante: o grupo Vanguard tornou-se silenciosamente o maior acionista institucional da Strategy (MSTR). A Strategy é amplamente considerada uma alternativa ao Bitcoin, com sua estratégia empresarial praticamente totalmente centrada na posse e acumulação de Bitcoin. Este investimento não apenas contrasta fortemente com a posição pública do grupo Vanguard, mas também destaca a complexa tensão criada pelas estratégias de investimento em índices passivos entre o TradFi e os novos ativos de criptografia.

Investimento "Contraditório" do Grupo Vanguard: da Crítica ao Maior Acionista

De acordo com a Bloomberg, o grupo Vanguard atualmente detém mais de 20 milhões de ações da Strategy, representando quase 8% das ações ordinárias Classe A da empresa. Este investimento fez com que o grupo Vanguard superasse o Capital Group Cos., tornando-se o maior acionista desta empresa de Bitcoin (a Strategy se transformou de uma empresa de inteligência de negócios em um dos mais conhecidos detentores de Bitcoin, possuindo mais de 601.550 Bitcoins até 15 de julho) e pode solidificar essa posição de liderança no quarto trimestre.

Este desenvolvimento contrasta fortemente com a posição de longa data do grupo Vanguard em relação aos ativos digitais. Os executivos deste fundo de 10 trilhões de dólares já afirmaram várias vezes que o Bitcoin não é "adequado" para investidores de longo prazo, chamando-o de "classe de ativos imatura" e "sem valor econômico intrínseco". Eles também descreveram os ativos de criptografia como mais semelhantes a especulação do que a investimento, e alertaram sobre a sua volatilidade e o risco que representam para a estabilidade do portfólio.

Dois, as consequências "inesperadas" do investimento passivo em índices

No entanto, a razão pela qual o grupo Vanguard conseguiu acumular uma grande participação na Strategy não se deve a uma mudança ativa de estratégia, mas sim através da sua estratégia de investimento passivo em índices. Analistas da indústria apontam que o investimento passivo em índices pode ter consequências inesperadas, o que pode forçar empresas como a Vanguard a investirem em ativos que criticam publicamente.

A Bloomberg aponta que essa ironia destaca a tensão mais ampla entre a estratégia baseada em índices e a posição ideológica positiva dos gestores de ativos. Com quase 9 bilhões de dólares em ações de Strategy atreladas a fundos de índice, alguns críticos acreditam que essa situação expõe as contradições do TradFi.

Matthew Sigel, diretor de pesquisa de ativos digitais da VanEck, chamou isso de "demência institucional" em uma postagem nas redes sociais, criticando a empresa por zombar publicamente do Bitcoin enquanto aumenta sua exposição ao Bitcoin através da indexação. Essa contradição levantou a questão: será que o financiamento institucional pode continuar a resistir às criptomoedas do ponto de vista filosófico, enquanto ainda é sujeito à autorização de investimentos automatizados, que, por sua vez, têm uma interpretação diferente em relação à alocação de capital?

Três, a fusão "passiva" entre TradFi e Ativos de criptografia

O caso do grupo Vanguard ilustra vividamente a complexidade da mentalidade do mundo TradFi ao enfrentar a ascensão dos ativos de criptografia. Por um lado, eles podem adotar uma postura conservadora em relação à encriptação devido a considerações de controle de risco, conformidade regulatória ou filosofias de investimento existentes; por outro lado, as mudanças no mercado e a popularização de ferramentas de investimento passivo os forçam, sem que eles percebam, a aumentar a exposição a ativos relacionados à encriptação.

Isso também reflete que, à medida que ativos de criptografia como Bitcoin estão gradualmente sendo incorporados a produtos financeiros tradicionais (como ETFs, balanços patrimoniais de empresas), mesmo as instituições mais conservadoras têm dificuldade em evitar completamente a associação com eles. Essa fusão "passiva" pode indicar que o status das criptomoedas no sistema financeiro está sendo consolidado de uma maneira mais sutil.

Conclusão:

O evento em que o grupo Vanguard se tornou o maior acionista da Strategy não é apenas um episódio interessante no mercado de ativos de criptografia, mas também uma representação dos desafios que as instituições de TradFi enfrentam na era dos ativos digitais. Isso nos lembra que a evolução do mercado muitas vezes supera as expectativas, e a rigidez nas estratégias de investimento pode levar à perda de oportunidades ou a resultados inesperados. À medida que a influência da encriptação continua a crescer, as instituições de TradFi terão de reavaliar sua posição em relação aos ativos digitais e buscar estratégias mais flexíveis e pragmáticas para enfrentar este cenário financeiro em constante mudança.

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